Muito nos entristeceu a ausência da mídia no destaque do
dia 22 de abril, data tão significante na história do
Brasil-Portugal. Pouco se falou e ou se escreveu nos
principais veículos de comunicação sobre os 507 anos do
Descobrimento das Terras de Santa Cruz.
Também notamos que cada ano que passa, diminuem as
comemorações da data, talvez por não haver prosperado a
idéia de agrupar em um único evento entre as
instituições Luso-Brasileiras, as homenagens à data do
Descobrimento do Brasil.
Para não dizer que “passou em branco” a lembrança do 22
de abril, louve-se a iniciativa dos organizadores de
dois eventos comemorativos à data: um deles foi a
apresentação em novo estilo do espetáculo “Navegar é
Preciso”, produzido e encenado pelo talentoso ator Tony
Correa, apresentado no Teatro SESC-GINÁSTICO com a
ilustre presença do Sr. Cônsul Geral de Portugal no Rio
de Janeiro, embaixador Antonio de Almeida Lima e
familiares e de grande platéia. Os espetáculo nos
envolveu de tal maneira que nos sentimos a bordo das
caravelas comandadas por Pedro Álvares Cabral, vivendo
todos os seus percalços rumo às Índias. Parabéns ao
autor e ator Tony Correia pela feliz iniciativa.
Após o espetáculo no Ginástico, comparecemos a outro já
tradicional evento que foi a Sessão Solene na Casa das
Beiras em homenagem ao Descobrimento. A sessão,
presidida pelo Sr. Cônsul Geral de Portugal no Rio de
Janeiro, teve como orador o Dr. Paulo Pinheiro que, num
brilhante discurso, falou sobre a importante data na
história de Brasil e Portugal. Ficamos encantados com a
apresentação do Rancho Folclórico Português do Rio de
Janeiro, que deu grande alegria à cerimônia. Destaco o
comentário de um amigo presente ao evento que externou
com entusiasmo: “Como o povo português é alegre!..” Em
razão desse comentário, relembro o que a história contou
a respeito de um trecho das anotações feitas por Pero
Vaz de Caminha que dizia: “os primeiros contatos dos
soldados portugueses com os indígenas americanos deu-se
no desembarque do primeiro português no Brasil: um jovem
que levava como única arma uma gaita de foles,
instrumento musical usado pelos pastores portugueses. Ao
som da música, os nativos organizaram, sob a copa da
floresta, uma dança festiva e o português dançou de mãos
dadas com o chefe da tribo que habitava a região. A esse
texto, se chamou mais tarde, e com verdade “A CERTIDÃO
DE NASCIMENTO DO BRASIL”. |