O
esteróide anabolizante é uma droga que possui na sua composição o
hormônio masculino, testosterona. Também apresenta efeitos que
estimulam o crescimento corporal e o aumento de massa muscular.
Estruturalmente, em sua composição bioquímica, estas substâncias
fazem parte da família dos hormônios esteróides, que são derivados
do colesterol (um tipo de gordura).
O
esteróide anabolizante é utilizado como forma de tratamento de
algumas patologias, como a deficiência de testosterona, algumas
formas de anemias, alguns casos de câncer de mama e,
ocasionalmente, em associação com estrógeno, sintomas de menopausa
e, ainda existem indicações pouco estudadas que incluem a
osteoporose, distúrbios sexuais e anticoncepção masculina.
Estes
medicamentos são procurados por atletas em busca da melhoria da
performance esportiva e, há alguns anos, também por praticantes de
atividade física que não são atletas para fins estéticos. No
entanto, o uso indiscriminado e não acompanhado por médico tem
chamado a atenção e provocado, inclusive, o óbito de alguns
usuários. No Brasil, a preocupação não é tanta com os atletas, mas
com o jovem adolescente que quer ganhar massa e músculos
rapidamente, um corpo atlético em curto prazo, entregando-se aos
anabolizantes.
Apesar
dos efeitos adversos da droga nas diversas áreas médicas estarem
descritos e bem documentados, sua associação com quadros
psiquiátricos, tais como a vigorexia (“compulsão” para ganhar
massa e músculos rapidamente com uso destas drogas), ainda são
alvos de pesquisa. No Brasil, os esteróides anabólico-androgênicos
são considerados "doping", segundo os critérios da Portaria 531,
de 10 de julho de 1985 do MEC, seguindo a legislação
internacional.
Outros
efeitos adversos desta droga: mudança no perfil do colesterol
(diminuição da fração de colesterol “bom” e aumento da fração de
colesterol “ruim”), maior risco para ocorrência de doença
coronariana, aumento da pressão arterial, dilatação cardíaca,
alterações de enzimas hepáticas, icterícia (a pele fica amarelada
pela alteração da função do fígado), peliose hepática (cistos
hepáticos com sangue), tumores hepáticos, alteração dos níveis dos
hormônios sexuais que podem causar de maneira reversível: a
hipertrofia prostática e atrofia testicular nos homens e; atrofia
mamária, ciclos menstruais irregulares e padrão de pilificação
masculino nas mulheres. Além de poder causar a esterilidade e as
alterações da libido (aumento ou diminuição) que podem ocorrer em
ambos os sexos. Por outro lado, podem não ser completamente
reversíveis como a hipertrofia do clitóris e a alteração no tom de
voz das mulheres, assim como o aparecimento de broto mamário entre
os homens.
Sendo
assim, um alerta se torna importante: não há como garantir o uso
seguro desses agentes. Por isso, fique longe desta droga! Você não
precisa dela!!! Uma boa alimentação associada a exercícios físicos
específicos consegue o mesmo resultado: o crescimento corporal e o
aumento de massa muscular.