História
Desenvolvido
especificamente para deficientes visuais, o
Goalball é o único esporte paralímpico não
adaptado. Foi criado em 1946, pelo austríaco
Hanz Lorezen e o alemão Sepp Reindle, que
tinham como objetivo reabilitar e socializar
os veteranos da Segunda Guerra Mundial que
ficaram cegos.
Durante os
Jogos de Toronto (1976), a modalidade foi
apresentada como um esporte de alto
rendimento. Um salto de grande importância,
que rendeu a oportunidade de entrar de vez
na grade de programação paralímpica nos
Jogos de Arnhem (1980) com a categoria
masculina. A disputa feminina entrou quatro
anos depois na edição de Nova York (1984).
Dois anos antes, em 1982, a modalidade
passou a ser gerenciada pela Federação
Internacional de Esportes para Cegos (IBSA –
sigla em inglês).
Em 1985, o
professor Steven Dubner, do CADEVI, entidade
de atendimento às pessoas cegas de São
Paulo, apresentou a modalidade no Brasil.
Entusiasmado, o professor Mário Sérgio
Fontes levou para a ADEVIPAR, do Paraná. No
mesmo ano realizaram o primeiro jogo entre
duas associações. Dois anos depois, em
Uberlândia, Minas Gerais, aconteceu o
primeiro campeonato brasileiro, sob a
supervisão do professor Mário Sérgio,
presidente da antiga ABDC (Associação
Brasileira de Desportos para Cegos). Desde
2010, a modalidade é administrada pela CBDV.
Força
Paralímpica |
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O Brasil é
uma das grandes forças da modalidade. No
entanto, a primeira participação brasileira
em Jogos Paralímpicos aconteceu em Atenas
(2004), com as equipe feminina. A partir
daquele momento o esporte não parou de
crescer no país, e as seleções foram ficando
cada vez mais fortes. Nos Jogos Paralímpicos
de Pequim (2008), as seleções masculina e
feminina representaram o Brasil. Mas o país
começou a se tornar uma das grandes
potencias no ciclo 2009/2012. Durante os
Jogos Parapan-Americanos de Guadalajara
(2011) foram duas medalhas conquistadas –
ouro no masculino e prata no feminino. Um
ano depois o ponto mais alto do Goalball
brasileiro. O time masculino conquistou a
inédita medalha de prata nos Jogos
Paralímpicos de Londres (2012).
De lá pra cá
o Brasil coleciona excelentes resultados. Em
2014, na cidade de Espoo, Finlândia, a
seleção masculina conquistou o título
inédito do Campeonato Mundial ao vencer os
donos da casa por 9 a 1. Nos Jogos
Parapan-Americanos de Toronto (2015), o
Brasil foi campeão nas duas categorias, em
duelos contra os Estados Unidos. Com as
seguidas conquistas o país atingiu a
liderança do Ranking Mundial nas duas
categorias.
Como
é praticado
Uma partida
de Goalball acontece entre em duas equipes
com três atletas cada com o objetivo de
fazer gols. Durante o jogo os atletas têm a
função de arremessar e defender. A bola
arremessada deve tocar em determinadas áreas
da quadra para que o lance seja considerado
válido.
Onde acontecem os jogos
O esporte é
praticado em uma quadra com as mesmas
dimensões da quadra de vôlei (9m de largura
e 18m de comprimento). De cada lado da
quadra tem uma baliza de 9m de largura e
1,3m de altura. A linha do gol e algumas
outras importantes para a orientação dos
jogadores são marcadas por um barbante preso
com fita adesiva, permitindo que os atletas
possam senti-las.
A
bola
A bola usada
para a prática do esporte é parecida com a
de basquete. Ela pesa 1,250kg e possui
guizos em seu interior para que os jogadores
saibam a sua direção.
É
importante ter silêncio
O Goalball é
um esporte baseado na percepção tátil e,
principalmente auditiva, por isso não pode
haver barulho enquanto a bola está em jogo.
Tempo
de jogo
Uma partida
tem dois tempos de 12 minutos cada e vence
aquela que fizer mais gols. No entanto, o
jogo pode ser encerrado a qualquer momento
caso uma equipe alcance a diferença de dez
gols no placar. Essa situação é chamada de
game.
Quem
pode praticar
É permitida a
participação de todo atleta B1, B2 e B3. E
todos jogam vendados para ficarem em
igualdade durante a partida.
Participação da R. S. Clube
Ginástico Português |
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O clube
mantém sua parceria com a Instituição URECE,
cedendo o espaço da quadra, para os
treinamentos físicos, técnicos e táticos de
seus atletas.
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