Março / Abril 2005

R. S. Clube Ginástico Português     

 
GINASTA - acervo digital
GINASTA - edição atual

Teatro Ginástico

 

 

TEATRO GINÁSTICO

 

Fernanda Montenegro e o Teatro dos Sete, em 1966, na apresentação de "Mirandolina"

 

 

Fundado no Governo Getúlio Vargas, sendo Ministro da Educação Gustavo Capanema e Diretor do Serviço Nacional de Teatro, Abadir Faria Rosa, em 4 de novembro de 1938, com a Companhia Brasileira de Comédias, dirigida por Delorges Caminha, apresentando a peça de Ernani Fornari “Iá Iá Boneca”. Com 666 lugares, divididos em duas plateias, era considerado, na época, um dos mais luxuosos, maiores e perfeitos teatros do Rio de janeiro. Era disputado por empresários e artistas. Paulo Gracindo, em entrevista a Simon Khoury, transcrito em seu livro “Bastidores”, enfatiza: “O Clube Ginastico Português tinha o melhor grupo de teatro da época. Eram atores amadores, mas eu não tinha nenhum dos principais requisitos para entrar no Clube, nem dinheiro, nem prestígio, nem parente português...” Esse palácio da cultura tinha a boca de cena com 9,10 m; altura de 4,40 m; do piso do palco ao urdimento 7,50 m; 2.30 m de avanço do proscênio; profundidade do palco de 8 m; altura do palco em relação à plateia 1,20 m; a coxia media 8 m de profundidade por 4 m de largura. Tinha fosso para orquestra e era dotado de 14 camarins, e nele se apresentarem inúmeros artistas consagrados como, Aimée, Ary Fontoura, Berta Loran, Bibi Ferreira, Carlos Eduardo Dolabella, Cacilda Becker, Cecil Thiré, Célia Biar, Claudio Corrêa e Castro, Claudia Jimenez, Claudia Raia, Dercy Gonçalves, Dulcina, Edwin Luisi, Eva Wilma, Elba Ramalho, Emiliano Queirós, Fernanda Montenegro, Francisco Cuoco, Gracindo Júnior, Henriette Morineau, Ítalo Rossi, Jardel Filho, Jorge Dória, Juca de Oliveira, Leonardo Vilar, Mário Lago, Milton Carneiro, Milton Gonçalves, Mauro Mendonça, Maria Della Costa, Marília Pera, Marieta Severo, Napoleão Muniz Freire, Nathalia Thimberg, Nicete Bruno, Oswaldo Loureiro, Odilon, Otávio Augusto, Paulo Gracindo, Procópio Ferreira, Renato Consorte, Ruth de Souza, Rodolfo Mayer, Rosamaria Murtinho, Rosita Tomas Lopes, Sandra Bréa, Silveira Sampaio, Selma Reis, Sergio Brito, Sergio Cardoso, Sady Cabral, Sergio Mamberti, Ziebinski, Yara Amaral e tantos outros famosos, que protagonizaram peças memoráveis, algumas com temporadas de um ou dois anos, como “Uma Rua Chamada Desejo” (1948); “Medéia” (1948); “Só nós dois” (1930); “A Família e a Festa da Roça” (1948). “Tragédia em Nova York” (1949); “Com a Pulga Atrás da Orelha” (1960); “Oh que Delícia de Guerra” (1960); “Liberdade para as Borboletas” (1972); “A Gaiola das Loucas”; “Piaf”; “Somos Irmãs”; “Motel Paradiso” (1982), “Ópera do Malandro” (1978); “Não Fuja da Raia” (1992); “Nas Raias da Loucura” (1995); “Tango, Bolero e Chá-Chá-Chá” (2000); “Conduzindo Miss Daisy” (2001); “Caixa Dois” (202), dentre centenas de outros sucessos que superlotaram nosso teatro.

Hoje, o Teatro Ginastico, em parceria com o SESC Rio de Janeiro, está passando por uma reforma total, mudando sua capacidade para 555 lugares, dotado de modernas poltronas, ar-condicionado perfeito, contará com sistema de luz de alta definição e som totalmente digital, com acústica perfeita e acomodações e instalações sanitárias para obesos e deficientes, incluindo elevador para as plateias inferior e superior. Terá fino serviço de bar. Paralelamente, estão sendo reformadas as fachadas externas frontal e dos fundos, que manterão o padrão das reformas antigas e com nova iluminação para realçar o prédio. Chamamos sua atenção para a nova marquise, espetacular, a ser construída. O “novo” Teatro Ginastico, que teve o palco aumentado e rebaixado, para maior conforto dos frequentadores, abrigará espetáculos teatrais, musicais, de dança, conferências e palestras, e também, como grande surpresa, exibição de festivais inéditos. Um luxo!