Fundado no Governo Getúlio Vargas,
sendo Ministro da Educação Gustavo
Capanema e Diretor do Serviço
Nacional de Teatro, Abadir Faria
Rosa, em 4 de novembro de 1938, com
a Companhia Brasileira de Comédias,
dirigida por Delorges Caminha,
apresentando a peça de Ernani
Fornari “Iá Iá Boneca”. Com 666
lugares, divididos em duas plateias,
era considerado, na época, um dos
mais luxuosos, maiores e perfeitos
teatros do Rio de janeiro. Era
disputado por empresários e
artistas. Paulo Gracindo, em
entrevista a Simon Khoury,
transcrito em seu livro
“Bastidores”, enfatiza: “O Clube
Ginastico Português tinha o melhor
grupo de teatro da época. Eram
atores amadores, mas eu não tinha
nenhum dos principais requisitos
para entrar no Clube, nem dinheiro,
nem prestígio, nem parente
português...” Esse palácio da
cultura tinha a boca de cena com
9,10 m; altura de 4,40 m; do piso do
palco ao urdimento 7,50 m; 2.30 m de
avanço do proscênio; profundidade do
palco de 8 m; altura do palco em
relação à plateia 1,20 m; a coxia
media 8 m de profundidade por 4 m de
largura. Tinha fosso para orquestra
e era dotado de 14 camarins, e nele
se apresentarem inúmeros artistas
consagrados como, Aimée, Ary
Fontoura, Berta Loran, Bibi
Ferreira, Carlos Eduardo Dolabella,
Cacilda Becker, Cecil Thiré, Célia
Biar, Claudio Corrêa e Castro,
Claudia Jimenez, Claudia Raia, Dercy
Gonçalves, Dulcina, Edwin Luisi, Eva
Wilma, Elba Ramalho, Emiliano
Queirós, Fernanda Montenegro,
Francisco Cuoco, Gracindo Júnior,
Henriette Morineau, Ítalo Rossi,
Jardel Filho, Jorge Dória, Juca de
Oliveira, Leonardo Vilar, Mário
Lago, Milton Carneiro, Milton
Gonçalves, Mauro Mendonça, Maria
Della Costa, Marília Pera, Marieta
Severo, Napoleão Muniz Freire,
Nathalia Thimberg, Nicete Bruno,
Oswaldo Loureiro, Odilon, Otávio
Augusto, Paulo Gracindo, Procópio
Ferreira, Renato Consorte, Ruth de
Souza, Rodolfo Mayer, Rosamaria
Murtinho, Rosita Tomas Lopes, Sandra
Bréa, Silveira Sampaio, Selma Reis,
Sergio Brito, Sergio Cardoso, Sady
Cabral, Sergio Mamberti, Ziebinski,
Yara Amaral e tantos outros famosos,
que protagonizaram peças memoráveis,
algumas com temporadas de um ou dois
anos, como “Uma Rua Chamada Desejo”
(1948); “Medéia” (1948); “Só nós
dois” (1930); “A Família e a Festa
da Roça” (1948). “Tragédia em Nova
York” (1949); “Com a Pulga Atrás da
Orelha” (1960); “Oh que Delícia de
Guerra” (1960); “Liberdade para as
Borboletas” (1972); “A Gaiola das
Loucas”; “Piaf”; “Somos Irmãs”;
“Motel Paradiso” (1982), “Ópera do
Malandro” (1978); “Não Fuja da Raia”
(1992); “Nas Raias da Loucura”
(1995); “Tango, Bolero e Chá-Chá-Chá”
(2000); “Conduzindo Miss Daisy”
(2001); “Caixa Dois” (202), dentre
centenas de outros sucessos que
superlotaram nosso teatro. |