Francisca
Edwiges Neves Gonzaga, mais conhecida como
Chiquinha Gonzaga, nasceu no Rio de Janeiro em
17 de outubro de 1847 e morreu em 28 de
fevereiro de 1935. Foi a primeira chorona,
primeira pianista de choro e também a primeira
mulher a reger uma orquestra no Brasil. O
sucesso começou em 1877, com a polca Atraente.
Em 1897, tornou-se conhecida sua versão
estilizada do "Corta-Jaca", sob a forma de
tango, intitulada “Gaúcho”. “Ó Abre Alas”, a
primeira música escrita para o carnaval.
Lançou-se no teatro de variedades e revista.
Estreou compondo a trilha da opereta de
costumes "A Corte na Roça", de 1885. Em 1911,
estréia seu maior sucesso no teatro: a opereta
“Forrobodó”, que chegou a 1500 apresentações
seguidas após a estréia - até hoje o maior
desempenho de uma peça deste gênero no Brasil.
Em 1934, aos 87 anos, escreveu a partitura da
opereta "Maria". Foi criadora da célebre
partitura da opereta "A Jurity", de Viriato
Correia. Ao todo, compôs músicas para 77 peças
teatrais, tendo sido autora de cerca de duas
mil composições. Chiquinha participou ainda,
ativamente, da campanha abolicionista e foi
fundadora da Sociedade Brasileira de Autores
Teatrais. |
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Ernesto
Júlio de Nazareth nasceu no Rio de Janeiro em
20 de março de 1863 e faleceu 1º de Fevereiro
de 1934. Foi um pianista e compositor
brasileiro, considerado um dos grandes nomes
do "tango brasileiro" ou, simplesmente, choro.
O carioca que fixou o "tango brasileiro" e
outros gêneros musicais de seu tempo.
Apresentava-se como "pianista em salas de
cinema, bailes, reuniões e cerimônias
sociais”. Trabalhou na sala de espera do
antigo Cinema Odeon onde muitas personalidades
ilustres iam apenas para ouvi-lo. Compôs cerca
de 230 peças para piano. E suas obras mais
conhecidas são: "Apanhei-te, cavaquinho!...",
"Ameno Resedá" (polcas), "Confidências",
"Coração que sente", "Expansiva", "Turbilhão
de beijos" (valsas), "Bambino", "Brejeiro", "Odeon"
e "Duvidoso" (tangos brasileiros). Ernesto
Nazareth ouviu os sons que vinham da rua,
tocados por nossos músicos populares, e os
levou para o piano, dando-lhes roupagem
requintada. Sua obra se situa, assim, na
fronteira do popular com o erudito,
transitando à vontade pelas duas áreas. |
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