Janeiro / Fevereiro e Março de 2008

 
 

R. S. Clube Ginástico Português   

 

 Aconteceu

21 de novembro de 2007   

Foi um sucesso a homenagem a Chiquinha Gonzaga e Ernesto Nazareth

 
A grande presença de admiradores da boa música criou um clima de alegria e descontração no Espaço Cultural Ernesto Nazareth, no 4° andar da Sede Centro, em comemoração aos 160 anos de nascimento de Chiquinha Gonzaga. Com apresentações brilhantes da Pianista Ariana Kellner Francis, do Violinista Hildon de Carvalho, das Cantoras Mariá Marques e Raysa Abensur. Participação especial de Vera Ferreira, Grupo Resgate do Samba /  Meninos da Maré e do Violonista e Coordenador do Espaço Cultural, Ricardo Mirapalheta.

 

Francisca Edwiges Neves Gonzaga, mais conhecida como Chiquinha Gonzaga, nasceu no Rio de Janeiro em 17 de outubro de 1847 e morreu em 28 de fevereiro de 1935. Foi a primeira chorona, primeira pianista de choro e também a primeira mulher a reger uma orquestra no Brasil. O sucesso começou em 1877, com a polca Atraente. Em 1897, tornou-se conhecida sua versão estilizada do "Corta-Jaca", sob a forma de tango, intitulada “Gaúcho”. “Ó Abre Alas”, a primeira música escrita para o carnaval. Lançou-se no teatro de variedades e revista. Estreou compondo a trilha da opereta de costumes "A Corte na Roça", de 1885. Em 1911, estréia seu maior sucesso no teatro: a opereta “Forrobodó”, que chegou a 1500 apresentações seguidas após a estréia - até hoje o maior desempenho de uma peça deste gênero no Brasil. Em 1934, aos 87 anos, escreveu a partitura da opereta "Maria". Foi criadora da célebre partitura da opereta "A Jurity", de Viriato Correia. Ao todo, compôs músicas para 77 peças teatrais, tendo sido autora de cerca de duas mil composições. Chiquinha participou ainda, ativamente, da campanha abolicionista e foi fundadora da Sociedade Brasileira de Autores Teatrais.

Ernesto Júlio de Nazareth nasceu no Rio de Janeiro em 20 de março de 1863 e faleceu 1º de Fevereiro de 1934. Foi um pianista e compositor brasileiro, considerado um dos grandes nomes do "tango brasileiro" ou, simplesmente, choro. O carioca que fixou o "tango brasileiro" e outros gêneros musicais de seu tempo. Apresentava-se como "pianista em salas de cinema, bailes, reuniões e cerimônias sociais”. Trabalhou na sala de espera do antigo Cinema Odeon onde muitas personalidades ilustres iam apenas para ouvi-lo. Compôs cerca de 230 peças para piano. E suas obras mais conhecidas são: "Apanhei-te, cavaquinho!...", "Ameno Resedá" (polcas), "Confidências", "Coração que sente", "Expansiva", "Turbilhão de beijos" (valsas), "Bambino", "Brejeiro", "Odeon" e "Duvidoso" (tangos brasileiros). Ernesto Nazareth ouviu os sons que vinham da rua, tocados por nossos músicos populares, e os levou para o piano, dando-lhes roupagem requintada. Sua obra se situa, assim, na fronteira do popular com o erudito, transitando à vontade pelas duas áreas.